Um juiz haitiano decidiu nesta quinta-feira (11) pela libertação dos 10 missionários americanos acusados de tentar sequestrar 33 crianças no país devastado pelo terremoto de 12 de janeiro.
O pedido já foi encaminhado à procuradoria, disse o juiz Bernard Sainvil. Segundo a legislação haitiana, o procurador tem de acatar a decisão do juiz.
Os dez missionários americanos haviam sido processados em 4 de fevereiro, por sequestro de crianças e associação criminosa.
Os dez integrantes de uma igreja batista baseada no estado americano do Idaho foram presos na fronteira entre o Haiti e a República Dominicana, quando tentavam passar com 33 crianças que, segundo eles, haviam ficado órfãs por conta do terremoto.
Mas, desde a prisão, algumas dessas crianças foram reclamadas por pessoas que disseram ser seus pais.
Logo após a prisão, os cinco homens e as cinco mulheres negaram ter cometido crime e disseram que não sabiam que estavam em situação irregular. Eles afirmaram que estavam apenas tentando ajudar as crianças.
As autoridades haitianas dizem que o grupo não tinha autorização para retirar as crianças do país, e aparentemente muitas delas não eram órfãs. A polícia haitiana disse que alguns pais admitiram ter entregado seus filhos aos missionários por acreditarem que as crianças teriam educação e uma vida melhor no exterior.
O governo haitiano endureceu as regras para a adoção de crianças desde o terremoto, por temer que pessoas inescrupulosas tentem se aproveitar da tragédia para se apossar de crianças vulneráveis.
Autoridades dizem que já houve relatos de tráfico de menores e até de órgãos humanos.
Fonte: G1
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