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Conheça nessa entrevista Pierri Onasis, ex vocalista do grupo Olodum que prepara seu CD gospel

Assim como Irmão Lázaro, Pierri Onasis tambem começou a se destacar participando do grupo Olodum. Aos 14 anos ele começou a frequentar os ensaios do grupo no Pelourinho. Aos 17 já havia ficado em segundo lugar em um festival promovido pelo grupo. Ele começou a ficar conhecido no estilo ao cantar na banda Vixe Mainha.


Enquanto ainda estava no seu antigo grupo Pierri começou a frequentar a igreja evangélica e em 2007 aceitou Jesus. Agora ele está preparando um CD pela Central Gospel, e nessa entrevista fala sobre sua caminhada de fé e seu futuro lançamento gospel:

Como foi seu encontro com Cristo?

Deus permite que a gente trafegue por muitos caminhos para que um dia a gente perceba que somente Ele pode conceder o que realmente necessitamos e preencher o vazio que existe no coração daqueles que não têm Cristo como seu Salvador. Não me converti para ganhar dinheiro na igreja nem para obter fama, sucesso ou popularidade, porque tudo isso eu tinha, porém em nenhum momento tive a verdadeira felicidade. Ao aceitar Jesus, coloquei na balança o que vivi e o que Ele poderia me proporcionar, que é justamente a liberdade espiritual que eu não tinha.

Que momento marcou essa experiência?

Eu vivia um período bastante conturbado, que estava comprometendo meu relacionamento com minha esposa e meus filhos. Havia uma grande bagunça na minha cabeça. Eu não sabia para onde ir, o que fazer, e o que deixar para trás. Foi nessa época que cheguei até Cristo. Ele retirou a venda que encobria meus olhos, e despertei para o Seu amor, para a Sua Palavra.

Deus operou um milagre em sua família? Como isso aconteceu?

Satanás bagunçou minha vida durante um tempo. Eu estava muito envolvido com os shows e com tudo o que cerca este mundo. Sem perceber, afastava-me cada vez mais da minha esposa e dos meus filhos, Mateus, Yasmin e Pierre. Em um determinado momento cheguei a pensar em me separar e seguir sozinho. Minha conversão aconteceu quando o Senhor me fez compreender que minha família era fundamental para que eu fosse feliz. Quando isso aconteceu, oficializei meu casamento com minha esposa, Mara, já que vivíamos amasiados havia 17 anos. Nossa família foi restaurada; o amor, o carinho e o desejo foram despertados. Esse foi o milagre que Jesus operou em minha vida e na minha família.

Como ficou sua carreira após a conversão? Você continuou se apresentando nas bandas?

Quando aceitei Jesus, o Espírito Santo começou a agir na minha vida e levou-me a entender que o dom de cantar e de compor foi Deus quem me deu. Eu me questionava se era possível servir a Deus e permanecer naquele meio. Sentia-me desconfortável, pois não podia mais ser conivente com as coisas que eu via. Então conversei com minha esposa, e com o apoio dela decidi abandonar tudo. Ainda cumpri alguns compromissos relacionados ao carnaval, e depois me afastei. Há quase três anos não faço mais nenhum trabalho secular, nem músicas que não são louvores a Deus eu componho.

Como seus amigos do meio artístico receberam essa decisão?

Houve quem me incentivasse, alguns viram como oportunismo, outros chegaram a dizer que eu estava louco por abandonar o sucesso, a fama e uma banda que todo mundo conhecia para ser evangélico, andar de Bíblia na mão. Infelizmente, há pessoas que não entendem o mundo espiritual. Somente quem vive uma experiência com Cristo pode compreender uma decisão como essa. A Bíblia nos ensina a reter o que é bom. Busco seguir esse conselho, sou feliz, e é isso o que importa para mim.

Como fez para sustentar a família depois de abandonar a carreira secular?

Deus teve extrema misericórdia de mim, pois não permitiu que eu perdesse tudo. Ele disse: “Vou conservar tudo o que você tem. Você passará por um deserto, mas se tornará um novo homem”. E foi isso o que Ele fez. Transformou-me em um novo homem, com novos princípios, nova conduta, e uma nova índole. Glorifico a Deus, pois se Ele me tirou daquele caminho foi porque tem algo melhor para mim.

Você considera sua estreia na Central Gospel Music como esse algo melhor de Deus para você?

Com certeza. Vejo como uma grande porta, uma oportunidade de testemunhar que Deus é muito bom e de mostrar que louvar é diferente de cantar. Quando louvamos, expressamos nossa gratidão, reconhecemos nossa pequenez diante do Senhor, confessamos que há um Deus maior e que a adoração e os aplausos devem ser para Ele. Durante algum tempo eu não enxergava isso. Minha entrada na Central é a oportunidade de mostrar essa porta ao Brasil e ao mundo. Por algum tempo os desejos pessoais e carnais prevaleceram em detrimento do espiritual, mas o Senhor me renovou e me deu a chance de escrever uma nova história.

Qual é sua expectativa para esse novo tempo na Central Gospel Music?

A melhor possível. Estou feliz, quero compartilhar do amor de Cristo por meio dos louvores, testemunhar a grande obra que Ele fez em minha vida e alcançar muitas vidas para Cristo.

Suas músicas sempre valorizaram o ritmo baiano. Você mantém esse estilo em seu CD?

O louvor que canto hoje é muito diferente das músicas que cantava antes, embora tenha o mesmo ritmo. Essa é a minha característica, a minha origem, porém sou um adorador, que louva a Deus com músicas que tocam suavemente o coração das pessoas. Meu disco é muito eclético. Tem canções animadas, mas também tem músicas de reflexão, de adoração. Misturo as tendências, pois não quero ser taxado de artista do axé.

E como foi a produção do disco?

No período de um ano pedi a direção de Deus, e o Senhor me inspirou na composição das músicas. Produzi o disco no meu próprio estúdio, pois minha intenção era lançá-lo de forma independente. No encontro com a Central Gospel Music, apresentei o trabalho pronto. A gravadora constatou que a essência do álbum era suficiente para lançá-lo, e entrou com a produção, com a sofisticação. O disco traduz a essência do primeiro amor, e a união com a Central Gospel, um ministério sério e organizado, tem tudo para dar certo.

O CD possui quantas faixas?

São 13 músicas, entre elas uma parceria com Paulo Lima e Davi Fernandes, na canção Que amor é esse?, e uma com Gene Ramos, na faixa Deus é bom demais, carro-chefe do CD. A produção leva minha assinatura.

O disco será lançado próximo ao carnaval. Essa época tem algum significado para você?

É uma época estratégica porque tive uma ligação muito forte com o carnaval. O disco revela um novo homem, alguém que experimentou a salvação em Cristo e que tem o objetivo de mostrar às pessoas que é possível cantar louvores, adorar ao Senhor e anunciar a mensagem de Deus, que salva o ser humano.

Você congrega na Igreja Lírio dos Vales, liderada pelo pastor Rogério Dantas, em Salvador. Você exerce algum ministério em sua igreja?

No momento não tenho cargo, mas participo dos cultos e, às quintas-feiras, louvo ao Senhor. Sou um levita, um servo, uma pessoa que leva a Palavra e que ampara o próximo.

Você vem de uma família que não é cristã. Como tem sido a receptividade de seus familiares ao evangelho?

Minha mãe já está visitando a igreja, e tenho falado do amor de Jesus a todos eles. Minha mulher e meus filhos já são batizados. Sempre que possível minha esposa viaja comigo, justamente o que não acontecia quando ia para os shows. Há muitos casamentos que necessitam de restauração, que estão prestes a acabar, e testemunhamos do que Deus tem feito em nossa família, em nosso casamento. Queremos mostrar às pessoas que Deus é poderoso para reverter e transformar circunstâncias, basta que abram o coração para que Jesus opere o milagre, assim como Ele fez com minha família.

Fonte: Gospel+

Com informações de Central Gospel Music
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