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Avanços da Arqueologia Bíblica desmontam céticos

Descobertas arqueológicas jogam por terra argumentos dos céticos


Em janeiro de 2005, dias depois da descoberta da Caná bíblica, foi a vez do Tanque de Siloé, outra referência a um milagre de Jesus no Evangelho de João (João 9), ter sido encontrado. Uma equipe de arqueólogos descobriu em Jerusalém vestígios de pedra que seriam a Piscina (Tanque) de Siloé, onde um homem cego foi se lavar sob a orientação de Cristo e voltou vendo (Jo 9.7). A piscina fica no bairro árabe de Siloé. Durante os trabalhos, que duraram seis meses, eles descobriram que o tanque tem 50 metros de comprimento e era abastecido por uma canal vindo da Fonte de Siloé. A piscina de pedra tem degraus de acesso por todos os lados.

Em 22 de fevereiro de 2010, a célebre arqueóloga judia Eilat Mazar, que já tem em seu currículo descobertas sensacionais como a do Palácio de Davi, anunciou a descoberta de uma seção de um muro da cidade antiga de Jerusalém, datado do décimo século a.C., construído pelo rei Salomão, e que trata-se de um dos muros em torno do primeiro Templo de Jerusalém, erguido pelo filho e sucessor de Davi no trono de Israel. As escavações arqueológicas, dirigidas pela Dra. Eilat Mazar, foram realizadas com o apoio da Universidade Hebraica de Jerusalém.

A seção da muralha da cidade revelada tem exatos 70 metros de extensão e 6 metros de altura, e está localizada na área conhecida como Ofel, entre a cidade de Davi e a parede sul do Monte do Templo. No complexo das escavações da muralha foram descobertas ainda uma portaria interna de acesso à cidade, uma estrutura real junto ao portão e uma torre no canto da muralha com vista para uma parte substancial do Vale do Cedrom e adjacências.

As escavações na área de Ofel foram realizadas ao longo de três meses e com o financiamento de Daniel Mintz e Berkman Meredith, um casal de judeus de Nova York interessados em Arqueologia Bíblica, e que têm financiado boa parte das escavações empreendidas pela arqueóloga Eilat Mazar. O financiamento tem sido suficiente para suprir os gastos com a conclusão das escavações arqueológicas, com o processamento e análise dos achados, e com os trabalhos de conservação e preparação do local para sua visualização por parte do público, pelo Parque Arqueológico Ofel e pelo Parque Nacional em torno das muralhas de Jerusalém.
As escavações foram realizadas em cooperação com a Autoridade de Antiguidades de Israel, a Autoridade Israelense de Natureza e Parques, e a Companhia de Desenvolvimento da Jerusalém Oriental. Elas contaram ainda com o auxílio de alunos do Curso de Arqueologia da Universidade Hebraica de Jerusalém, de alunos voluntários do Herbert W. Armstrong College, em Tulsa, Oklahoma (EUA), e de trabalhadores contratados para participaram nos trabalhos de escavação.

“A força e a forma de construção do muro da cidade indicam um alto nível de engenharia”, descreveu Mazar. O muro fica no extremo leste da área de Ofel, numa localização estratégica no alto, a oeste do Vale do Cedrom.

“Uma comparação entre esta última descoberta com muralhas e portões do período do Primeiro Templo, assim como a cerâmica encontrada no local, nos permitem postular com um grande grau de certeza de que a parede que foi revelada é a que foi construída pelo rei Salomão em Jerusalém na última parte do século 10 a.C. Esta é a primeira vez em que é encontrada em Jerusalém uma estrutura idêntica às descrições bíblicas das construções empreendidas na época do rei Salomão. O muro é idêntico com o relato na Bíblia e as características de resistência da construção demonstram uma engenharia de alto nível”, declara a arqueóloga.

A Bíblia relata que Salomão construiu, com o auxílio dos fenícios, o Templo de Jerusalém e o seu novo palácio, e cercou a cidade com uma muralha muito provavelmente ligada às paredes mais antigas da cidade de Davi. Mazar lembra especificamente o terceiro capítulo do Primeiro Livro dos Reis de Israel, que diz: “Até que acabasse de edificar a sua casa, e a casa do Senhor, e a muralha de Jerusalém em redor”, 1Rs 3.1.

Os 6 metros de altura da porta de entrada do complexo do muro da cidade são construídos no estilo típico da época do Primeiro Templo, como pode ser encontrado em Megido, Beersheva e Ashdod. Há ainda, de forma simétrica e idêntica, quatro pequenas salas, duas de cada lado do corredor principal. Também há na estrutura uma grande torre adjacente, cobrindo uma área de 24 metros por 18 metros, que se destinava a servir como uma torre de vigia para proteger a entrada da cidade. A torre situa-se hoje sob a estrada que fica nas proximidades das escavações, e ainda precisa ser totalmente escavada. Durante o século 19, mais precisamente em 1867, o arqueólogo britânico Charles Warren já havia realizado uma vistoria no subsolo da área e descrito pela primeira vez o esboço da grande torre, mas não prosseguiu nas escavações nem muito menos chegou a datar a torre.

“Parte do complexo do muro da cidade serviu como espaço comercial e parte como centrais de segurança”, explica a arqueóloga Eilat Mazar. Isso confirma o costume do povo judeu à época, conforme podemos ver, por exemplo, quando Boaz procurou resgatar Rute às portas da cidade: “Enquanto isso, Boaz subiu à porta da cidade e sentou-se, exatamente quando o resgatador que ele havia mencionado estava passando por ali. Boaz o chamou e disse: ‘Meu amigo, venha cá e sente-se’. Ele foi e sentou-se. Boaz reuniu dez líderes da cidade e disse: ‘Sentem-se aqui’. E eles se sentaram”, Rt 4.1-2.

Segundo Mazar, dentro do pátio da grande torre havia atividades públicas. Ele servia como um ponto de encontro do público, como um lugar para a realização de atividades comerciais e de culto, e como um local para as atividades econômicas e jurídicas.

Além dos exames de datação realizados, cacos de cerâmica descobertos no preenchimento do piso inferior do edifício real, perto da portaria, também
atestam que a datação do complexo está correta. Ele é mesmo do século 10 a.C.
O que foram encontrados no chão são restos de jarros de armazenagem, com cerca de 1,15 metro de altura, que sobreviveu à destruição pelo fogo e que foram encontrados em quartos que aparentemente serviram de área de armazenagem no piso térreo do edifício. Em um dos frascos, há uma inscrição em hebraico antigo parcial indicando que pertencia a um alto funcionário do governo, um funcionário de nível superior.

“Os frascos que foram encontrados são os maiores já encontrados em Jerusalém. A inscrição que foi encontrada em um deles mostra que pertencia a um funcionário do governo, aparentemente a pessoa responsável por supervisionar o fornecimento de produtos de padaria para a corte real”, explica Mazar.

Além dos cacos de cerâmica, objetos que fazem referência ao culto hebreu também foram encontrados na área, assim como impressões de selos na jarra, onde pode ser lido “Ao rei”, o que atesta a sua utilização dentro da monarquia. Também foram encontrados impressões de selos com nomes hebraicos e também indicando a natureza real da estrutura. A maioria dos pequenos fragmentos descobertos veio de peneiração intrincada feita com a ajuda do Projeto de Restauração Monte do Templo, dirigido pelo Drs. Gabriel Barkai e Zweig Zachi, e sob o patrocínio da Autoridade Israelense de Parques e da Natureza, e da Fundação David.

Entre a grande torre na entrada da cidade e o edifício real, os arqueólogos descobriram uma seção da torre do canto que é de 8 metros de comprimento e 6 metros de altura. A torre foi construída em pedra talhada de invulgar beleza. A leste do edifício real, também foi revelada uma outra seção da muralha da cidade, que se estende por cerca de 35 metros. Essa seção é de 5 metros de altura e é parte do muro que continua a nordeste.

Salomão foi rei de Israel por 42 anos, de 970 a.C. a 928 a.C. Seu reinado foi marcado pela sabedoria e pela prosperidade. Além de construir o magnífico Templo do Senhor no Monte Moriá, aposentando a estrutura desmontável do Tabernáculo, ele ergueu o palácio real em Ofel, um grande aqueduto e um forte para garantir a segurança da cidade. Durante o reinado de Salomão, foram feitas alianças comerciais com o Egito, a Arábia, Tarshish (hoje Espanha) e o sul da Índia.

No ritmo em que vão as descobertas na Arqueologia, mais achados são esperados nos próximos anos, os quais, com certeza, ganharão as páginas dos jornais e dos sites de notícias,


Fonte: CPAD
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