As informações iniciais davam conta de que Nadarkhani teria sido condenado à morte por apostasia, com base na lei Sharia. Porém, na reunião o embaixador Ghanezadeh informou que as acusações contra Nadarkhani são outras: “Pesa a tristeza de que há, segundo o embaixador, outras acusações como roubo e envolvimento com prostituição”, publicou no Twitter o pastor e deputado federal Marco Feliciano.
Ainda segundo as publicações do deputado Feliciano no Twitter, o embaixador iraniano assegurou que não há condenação de morte contra Nadarkhani, pois apesar da lei islâmica prever isso para muçulmanos que abandonem a religião, a lei civil do país o protege dessa pena: “Questionei [ao embaixador] se na lei civil do Irã existe punição com pena de Morte se houver crime de apostasia. Ele respondeu que na lei do Islã (religiosa) existe sim, mas na lei civil não há. Por isso pedi contato com os advogados do Pr. Yousef. É difícil, mas estamos tentando”, afirmou o deputado.
Na reunião ficou decidido que o senador Magno Malta irá auxiliar o embaixador do Irã no caso de um iraniano preso aqui no Brasil, e fará a ponte entre o governo iraniano e o Ministério da Justiça. Em troca o embaixador fará os contatos necessários para que os deputados da Frente Parlamentar Evangélica consigam contatos com os advogados do pastor Yousef, além de informações oficiais do governo sobre as condições legais dele.
Segundo os parlamentares, foi solicitado que a Embaixada do Irã divulgue uma nota oficial sobre o caso, esclarecendo as circunstâncias do caso e trazendo luz às especulações em torno da situação. Porém, até o fechamento desta matéria, a nota ainda não havia sido divulgada.
A Frente Parlamentar Evangélica divulgou em seu blog nota informando que a bancada evangélica no Congresso voltará a se pronunciar na tribuna cobrando novas informações sobre o caso.
O senador Magno Malta declarou em entrevista à Agência Senado que a reunião foi bastante produtiva e se manterá atento ao desenrolar dos fatos: “Saí de lá aliviado. Não vi mentira nos olhos do embaixador. Não está condenado à morte por forca. Ainda há processo em andamento e nós vamos ficar monitorando”.
Redação Gospel+
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